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Mostrando postagens de março, 2008

Destruição do Rio de Janeiro

Hoje eu fui visitar uma exposição das fotografias dos filhos de Marc Ferrez no CCBB. É sempre desalentador ver lugares como a lagoa Rodrigo de Freitas, praias de Ipanema e Copacabana e a Barra da Tijuca em seus estados primitivos, ainda intocadas pelas mãos do progresso. Eram lugares paradisíacos, acredito que a beleza destes lugares era ímpar, é entristecedor. Outra ação devastadora na nossa cidade foi contra a baia da Guanabara, totalmente deformada e aviltada com os soterros. O desmonte do morro do castelo e a construção da av. Pres. Vargas também causaram uma perda irremediável ao patrimônio cultural da cidade. Foi no morro do Castello que se iniciou a fundação da cidade, com o complexo jesuíta e o convento dos capuchinhos. Quando vou nestas exposições de fotografias antigas do Rio eu saio com um sentimento misto de decepção e estupefação, o primeiro pela destruição e o segundo pela beleza do que foi o Rio de Janeiro.

Superficialidade da erudição - O fim dos eruditos.

Vou citar um trecho de Schopenhauer (1788-1860): "Sendo assim, as ciências adquiriram uma tal amplitude em suas dimensões, que alguém com a pretensão de realizar algum empreendimento científico deve se dedicar apenas a um campo muito específico, sem dar importância a todo resto. Nesse caso, ele de fato se encontrará acima do vulgo em seu campo, no entanto será como qualquer pessoa em todos os outros. Além disso, torna-se cada vez mais comum hoje em dia o descuido com as línguas antigas cujo aprendizado parcial de nada serve, contribuindo para decadência geral da cultura humana. Com isso veremos eruditos que, fora do seu campo específico, são verdadeiras bestas." Este livro escrito no séc. XIX é profundamente atual, vemos isso todos os dias, verdadeiras bestas se entitulando de doutores e achando que são melhores do que qualquer outra pessoa. A competitividade acirrada que permeia e modifica o comportamento da sociedade hodierna veio a trazer mais distorções, pois há mesmo aqu

Fiasco - Comemorações da chegada da família real

Como eu previ as comemorações da vinda da família real para o Brasil foram um fiasco. O povo não deu importância, o poder público negligenciou, para este afundar milhares de reais no carnaval é mais imporatnte do que homenagear um fato histórico ímpar e que foi o fator primordial para a coesão do território nacional. Portanto se hoje somos uma nação única e que compartilha um único território devemos isso a esta efeméride. No Brasil o mais importante é o carnaval, tanto é que o pouco que se fez parecia um pouco disso com aquelas imitações toscas e rídulas de D. João VI e Carlota Joaquina, que mais pareciam o rei momo e sua corte. A rede globo foi a única a dar importância e foi a que mais divulgou, mas o que se via na cidade era a total indiferença. A quinta da boa vista abandonada vergonhosamente, o centro do poder na época do Império e do Reino Unido, hoje está jogado às traças sob a administração falida da UFRJ. O Brasil é capaz de piorar a cada dia. Não me surpreendo mais, aqui é s