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Mostrando postagens de 2009

Exposição 50 anos da morte de Villa-Lobos

Estive no Rio em novembro para visitar meus pais e não pude deixar de ir numa exposição sobre Villa-Lobos no Arquivo Nacional (Campo da Aclamação ou Sant'anna). Como esperado estava deserta, cheguei às 9:00 h (hora de abertura) de um sábado e fui o primeiro a chegar. A exposição correlacionou a vida de Villa e sua obra com os diversos períodos históricos em que este viveu. Foi muito boa, principalmente os cenários montados no térreo simulando um trenzinho caipira e a mata amazônica, tudo que serviu de inspiração para Villa compor suas obras. O mais impressioanente é a originalidade das composições, e o mais ainda é o ostracismo a que foi relegado tão preciosa obra. Ah, esqueci que hoje o que faz sucesso são "hits" como "minha éguinha pocotó" ou música sertaneja e baiana. Pobre Brasil. 

Brasília 50 anos - Tributo a JK

Brasília completará no ano que vem, aos 21 de abril, 50 anos. Montaram uma exposição no conjunto cultural da república sobre a evolução urbanística de Brasília, com o objetivo de homenagear JK. As fotos e vídeos são um espanto, construíram uma cidade no nada (plageando Guimarães Rosa). Impressionante, Brasília é algo muito surreal. Além disso o plano urbanístico é de uma simplicidade vexatória, demonstrando a genialidade de Lúcio Costa. Impressionante. Outro fato certo é que se fosse construída hoje, Brasília não teria a liçença ambiental liberada pelo Inst. Chico Mendes, fizeram um estrago no bioma... Também há o oposto da moeda, enquanto se comemoram os 50 anos da nova capital, Brasília, a velha, Rio de Janeiro, entra em estado de luto. Concordo que a tranferência foi uma agressão sem razão,e que os benefícios apregoados tiveram um impacto mínimo. Hoje o que se vê é a cidade de Brasília, rica e majestosa com seus prédios modernos e nababescos, e as cidades satélites, retrato do Bras

Gripe Suína

Acho que peguei a gripe suína, fiquei muito mal em casa por uma semana e ainda não estou 100 %. Felizmente tudo acabou bem e me recuperei de forma satisfatória. A gripe suína no Brasil vem fazendo um estrago, como era esperado, já somos os país onde esta doença apresenta maior letalidade, isto é, perdemos somente para Argentina. Felizmente sempre temos um hermano ou um outro país africano para nos permitir ficar na segunda colocação entre os piores do mundo.

Os movimentos sociais no Brasil - exemplo da UNE

Apesar de um pouco desatualizado, pois muito dos fatos já ocorreram há algum tempo, acho interessante comentar algumas impressões que tive sobre o assunto. É sabido que o governo Lula cooptou da pior maneira possível todos os movimentos sociais organizados com alguma expressão no Brasil, e da pior maneira possível, os comprou de modo a não encherem o saco do governo. Quem não se lembra da era FHC, quando era comum as ruas se encherem de pichações, cujo o conteúdo mais educado era fora FHC. Isso acontecia em reação a qualquer coisa que o ex-presidente fizessse ou falasse mesmo que banal, hoje o Lula pode falar que vai vender a Amazônia ou que o que ocorre no cenário político brasileiro é legal que não acontece nada. O exemplo mais pungente é o da UNE, totalmente subserviente ao governo, pois vive às suas custas. A UNE fez um congresso recentemente em Brasília e os participantes destruiram as escolas que serviram de hotel para o evento, cedidas pelo governo do DF. Foram encontradas na

Vários

Esta semana finalmente consegui me mudar para Sobradinho, uma cidade satélite de Brasília. Nós saimos do plano piloto e a diferença é marcante em todos os sentidos. Urbanisticamente Brasília é um primor, tudo planejado e com uma lógica difícil de captar para os que não a conhecem. Já as cidades satélites têm mais a cara das cidades brasileiras, com sua ruas e crescimento um pouco aleatório, mas mesmo assim tenta-se imprimir sempre um pouco da visão brasiliense (de Lúcio Costa). Não sei se escrevi isto antes, mas me espanta que as cidades brasleiras não tenham todas elas um pouco dos conceitos de Brasília, acho que teríamos uma qualidade de vida bem melhor. Infelizmente há um preconceito enorme que recai sobre Brasília, pois esta sempre foi considerada uma cidade exílio para os que foram obrigados a morar aqui por motivos de trabalho, também por conta das imundícies praticadas pelos nossos governantes. Tudo isso contribui para causar uma imagem pejorativa desta cidade. Poucos de fora sa

Baia de Guanabara: Fim Trágico

Esta semana fui ao Rio para uma reunião de trabalho na Fiocruz, e no momento em que o piloto do avião iniciou as manobras de pouso, este sobrevoou um pedaço da baia de Guanabara. Que visão horripilante. A água trm uma coloração escura entremeada por umas áreas pardacentas na desembocadura de qualquer rio que vem da baixada ou da cidade do Rio. Adiciona-se a este aspecto desagradável a presença de divesos tipos de lixo flutuando na superfície das águas desta baia que outrora permitia que se visse o seu fundo, de tão límpida que era. Triste, mas o Rio tem tido este aspecto ambiental e social. Quando cheguei ao aeroporto, fui surpreendido por um taxista que não queria ir até a Fiocruz devido ao estado de guerra que se encontra a localidade que esta instituição se encontra. Ouvimos todo tipo de caso sobre outros taxistas que haviam sofrido algum tipo de violência, e que algumas áreas não eram mais servidas. Pensei, a que ponto chegamos. Chegando à Fiocruz, fui até à Ensp, e na sala de um

Memórias de Adriano

Este livro de Margarite Yourcenar, publicado em 1951, conta com detalhes impressionantes a detalhes da vida do Imperador Adriano (76-138 DC) através de uma missiva para Marco Aurélio. Adriano é considerado como um dos cinco bons imperadores romanos, fundando um período de grande crescimento e estabilidade do mundo romano, chamado de Pax Romana. Durante seu governo houve grande esforço em se manter a paz nas fronteiras bárbaras, demonstrando também grande tolerância religiosa. Adriano foi um grande estadista, sabia repeitar as diferenças e que a manutenção da paz no Império era fundamental para o crescimento econômico e para o bem estar social. Invejável sua forma de conduzir os problemas do Estado Romano. Também há passagens muito detalhadas da paixão de Adriano por Antínoo, e sua imensa tristeza quando este se matou, provavelmente em um ritual com vistas a beneficiar o soberano. Este livro, que em princípio parece difícil, prende o leitor no pensamento do protagonista, levando o leito

Maioridade de Brasília

Brasília completará em 2 anos os seus 50 anos de fundação, é uma cidade muito jovem, mas que vem crescendo em uma velocidade muito superior à média brasileira, é bem verdade que artificialmente, fomentada pela dinherama que corre pelas veias do governo federal. Isso é outro assunto, meu objetivo é comentar um evento, que no meu ponto de vista, marca definitivamente a passagem de Brasília da adolescência para a fase adulta. Desde da sua inauguração e mesmo após ser tombada como patrimônio da humanidade, há uma brecha na legislação que permite que os idealizadores de Brasília, ou seja Oscar Niemeyer e Lucio Costa, possam realizar modificações e/ou propor a construção de novos prédios/monumentos no plano piloto. Lucio Costa já é morto, mas Oscar Niemeyer eventualmente, quando decide passar por Brasília, inventa um novo prédio ou monumento para ser construído no eixo monumental, que via de regra são aceitos pelo governo do Distrito Federal (GDF), portanto há coisas estranhas, como aquele

Próximo destino: Brasília

Estamos nos mudando para Brasília, na realidade não se trata de uma mudança e sim de uma migração imposta pelo estado de guerra civil no Rio de Janeiro, portanto somos refugiados de guerra em busca de um asilo, no caso Brasília.  Inicio nestes termos, pois esta mudança não é meramente fato planejado, tem me custado muito esta saída, vamos deixar parentes e amigos, vínculos que devido a distância se perderão na poeira vermelha do chão do planalto central.  Apesar de tudo as mudanças são salutares, mesmo que inicialmente sejam dispendiosas e duras, mas a adaptação aos novos ambientes sempre trazem novas oportunidades e nos mobilizam para melhorias de vida. Esperamos encontrar em Brasília novas perspectivas e ter uma vida mais tranquila, sem medo de sair a rua.  No momento só são perpectivas, mas queremos concretizá-las.